Luxemburgo, o desejo inconsciente do site oficial e uma promessa de torcedor

Depois de um bom tempo sem escrever eis que os assuntos sobre o Vasco se acumulam. Fazendo uma breve retrospectiva desde o último artigo apenas uma notícia trouxe algum ânimo à torcida vascaína: a contratação de Vanderlei Luxemburgo como técnico.

Luxemburgo é um profissional vitorioso, com uma carreira marcada por inúmeros títulos importantes. Porém, parte da crônica esportiva o considera um treinador ultrapassado. Em boa medida isso se deve aos resultados do técnico em sua trajetória recente.

No futebol brasileiro o último trabalho de V.L. foi em 2017 no Sport, de onde saiu demitido depois de cinco meses com o time pernambucano em 15° lugar no Campeonato Brasileiro. No exterior, foi no time chinês Tianjin Quanjian, em 2016. O Tianjin Quanjian disputava a segunda divisão e depois de 12 partidas (4 vitórias, 4 empates e 4 derrotas) Vanderlei acabou sendo demitido junto com os dois outros brasileiros da Comissão Técnica e pelo menos um deles, o auxiliar técnico Mauricio Copertino, também vai trabalhar agora no Vasco.

Mesmo assim, a chegada de Luxemburgo à colina encontrou amplo respaldo junto à torcida. Todas as pesquisas feitas em sites vascaínos ou de esportes mostram que a aprovação da escolha está entre 60% a 80%.

Além da evidente carência da torcida vascaína vejo um fator determinante a salientar este apoio. Vanderlei Luxemburgo tem uma personalidade forte e opiniões firmes, contrastando neste aspecto com a atual direção vascaína, cujas marcas principais no futebol são (além da incompetência) a fragilidade e a inércia, em níveis tão elevados que levam ao desespero o torcedor.

O presidente do Vasco, Alexandre Campello, que acumula desde maio de 2018 a função de vice-de-futebol, assistiu impassível ao ex-treinador Alberto Valentim ter um dos piores aproveitamentos de um técnico vascaíno nos últimos anos.

E olha que os últimos anos do Vasco não são dos mais vitoriosos. Assim, o índice de Alberto Valentim era pior em comparação a outros índices em geral já muito ruins.

No campeonato brasileiro de 2018 o Vasco só não foi rebaixado por detalhes ou, como me garante um amigo católico, graças a Nossa Senhora da Vitória e a São Januário que, unidos, foram exigir providências a Jesus Cristo que, como se sabe, é torcedor do Vasco mas evita se meter nestes assuntos.

Ao contrário dos santos vascaínos, que se mobilizaram a favor do clube, Alexandre Campello, diante do absurdo desempenho do time no Brasileirão 2018, permaneceu imóvel como uma rocha e mole como uma esponja. Entregou todo o precioso tempo da pré-temporada e a montagem do elenco para 2019 ao mesmo Alberto Valentim, jogando no ralo pelo menos seis meses de preparação.

Resultado: no campeonato carioca tivemos o final que todos viram e agora, já maio adentro e indo para a quarta rodada do brasileirão 2019, temos a façanha incrível de possuir um elenco com 41 jogadores sem um time definido e consequentemente sem padrão de jogo, etc.

Daí que, que de forma inconsciente, o próprio site oficial do Vasco tenha estampado em letras garrafais, ao anunciar a contratação de Vanderlei Luxemburgo: “Comandante”.

O redator com certeza não pensou que estava refletindo um desejo da torcida em relação ao novo técnico: acabar com a falta de comando que faz do Vasco, sob a desastrosa presidência de Alexandre Campello, uma nau ao vento, perdida e sem rumo em meio à tempestade.

Tenho sérias dúvidas se Vanderlei Luxemburgo estará à altura de tão elevado desafio, mas vou entrar na onda de confiança da torcida, já que não tem outro jeito.

Aliás, o grande vascaíno Rafael Furtado escreveu um excelente artigo sobre a coletiva de apresentação do novo técnico onde termina dizendo que se nada der certo, “restará afogar as mágoas na cachaça premium do professor…”.

Isso é uma boa dica. Se o time começar a vencer prometo prejudicar minhas já combalidas finanças e comprar uma cachaça produzida pelo técnico do Vasco, que, segundo as notícias, custa os olhos da cara.

E como diz o Rafael, na pior das hipóteses Luxa já nos deu pelo menos um pretexto para beber cachaça. Seja para brindar à saúde “de um dos grandes técnicos do futebol mundial que está salvando o Vascão e além disso é Mestre Alambiqueiro de mão cheia”, seja para espinafrá-lo “como técnico ultrapassado que eu já sabia que não daria certo e além disso faz uma cachaça de merda”.

É claro, eu torço pela primeira hipótese. Meu fígado se abstém.

Wevergton Brito Lima, jornalista

6 comentários

  1. Na minha opinião, tremenda bola fora do CAMPELLO, pois é um treinador em clara decadência, e mulambo fanático, A ponto de dizer que seu sonho era ser presidente do clube mulambo.O fato da torcida do VASCO mesmo assim aprovar a vinda do mulamboxemburgo mostra o apequenamento da instituição club de regatas Vasco da Gama.

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