Contrariando (pela milésima vez) as previsões de youtubers amestrados e de jornalistas de aluguel, o elenco vascaíno apresenta-se para o início da temporada com novidades raquíticas. O time que escapou do rebaixamento nos minutos finais da última partida será praticamente o mesmo, sem contar com Gabriel Pec, vendido três vezes mais barato do que o urubu vendeu o Paquetá e pela metade do que foram negociados o Matheus França e o João Gomes.
A tragédia desta história é que Salgado e sua turma venderam o futebol do Vasco à toque de caixa, sem qualquer transparência, baseado no argumento de que o Vasco tinha “pressa de títulos” e de que a 777 tinha “dinheiro para c*”. Consumada a venda, fiasco após fiasco, o discurso mudou da água para o vinho.
Alexandre Mattos, novo porta-voz da 777, em recente entrevista coletiva, declarou que a torcida vascaína necessita de um “alinhamento de expectativas”, termo pomposo para avisar que não se deve esperar nada além do medíocre.
Aliás, quem revisitar o discurso da turma da coalizão roxa-amarela, quando assumiu o comando financeiro do Vasco no início da gestão Campelo (2018) e depois do próprio Salgado, quando foi entronizado no poder vascaíno (2021) graças a um golpe judiciário, encontrará total semelhança com o que disse agora o funcionário da 777: “20 anos não se resolvem em dois”, “o projeto é a longo prazo”, até mesmo a batida frase “é um novo começo” foi usada.
A verdade é que o projeto de apequenamento do Vasco segue firme. Enquanto outros rivais, que continuam como clubes associativos, alguns com dívidas maiores e com muito menos torcedores, perseguem objetivos elevados, o vascaíno continuará sofrendo o processo de lavagem cerebral que o leva a se conformar e até a comemorar resultados para lá de modestos, ganhando seguidos troféus de “torcida mais simpática”. Mesmo galardão que o América do Rio conquistou anos a fio em sua decadência até praticamente desaparecer.
Na segunda quinzena de janeiro, Pedrinho Globeleza assumirá o centro do picadeiro deste espetáculo mambembe, entronizado como presidente do que resta do Club de Regatas Vasco da Gama. Sua missão será a mesma da antiga trupe: ilusionismo e jogo de cena, para regozijo dos palhaços de sempre.
Como se vê, o Pega na Geral – Debates Vascaínos, retorna a sua trincheira com o mesmo espírito combativo em defesa do verdadeiro e glorioso CRVG, com a firme convicção de que, mais dia, menos dia, este circo irá pegar fogo, com todos os bufões dentro.
Não perca o programa deste domingo, 21h, no link:
Por Wevergton Brito Lima, jornalista, apresentador do Pega na Geral – Debates Vascaínos
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Segundo notícias da imprensa camarada, o Vasco (sim, o Vasco, não a SAF), ganhou 80 milhões de reais com as contratações recentes. Supondo que os valores estejam corretos, gastou-se milhões e não se contratou um único jogador incontestável, que possa resolver os jogos dentro de campo. São todos ou refugos ou apostas. E a Vasmongol continua aplaudindo e apoiando incondicionalmente.
O Vasco é o único dos times grandes cariocas que só tem o campeonato estadual como foco nesse início de temporada, o único torneio, aliás, onde o Vasco tem alguma chance de título. Flamengo, Fluminense e Botafogo estão focados na Libertadores, pré-Libertadores e Recopa. E o que faz então o ex traficante? Leva o time titular, que já é ruim, pra um torneio caça níquel no Uruguai e vende jogos do time reserva contra times pequenos no Carioca pra lugares distantes do Brasil, pra lucrar. E a Vasmongol continua aplaudindo e apoiando incondicionalmente.