“É incompreensível para mim que um imbecil como esse ocupe o cargo mais alto do país e que existam pessoas estúpidas o suficiente para pensar que isso é bom”.
Não, não é a declaração de um brasileiro sobre Bolsonaro, é de Walter Shaub, ex-diretor do Gabinete de Ética do Governo dos EUA, mencionado neste sábado (25) pela Folha de SP, comentando o pronunciamento de Trump, que sugeriu o consumo de desinfetante como remédio para o coronavírus.
Continua Walter, segundo a Folha: “Não acredito que, em 2020, tenho que avisar quem estiver ouvindo o presidente que a injeção de desinfetante pode matar”.
Mas o fato é que Bolsonaro e Trump são almas gêmeas, em imbecilidade e irresponsabilidade.
Se não tivesse que lutar contra o possível impeachment fruto das revelações do seu, até ontem, mais importante cúmplice (para mim, o governo Bolsonaro não tem integrantes, ministros, etc., têm cúmplices), alguém duvida que ele ou algum de seus filhos replicariam por aqui essa asneira do uso de desinfetante?
Fazendo as vezes de um escritor de romances açucarados: “o compromisso das almas gêmeas vem do eterno, ainda mais quando a imbecilidade infinita é o selo da união”.