O jornalista Rodrigo Campos acaba de publicar interessante matéria sobre uma reunião do Conselho de Beneméritos, que reproduzimos na íntegra abaixo:
Reunião do Conselho de Beneméritos do Vasco nesta sexta-feira (20) tomou duas decisões sobre a próxima reunião do Conselho Deliberativo, no dia 8 de novembro.
Quanto à reforma do estatuto foi consenso a busca por unificar o máximo possível em torno de viabilizar a modernização do estatuto.
A polêmica ficou restrita ao principal ponto do dia 8/11, a eleição direta para presidente da Diretoria Administrativa. Enquanto o presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro, tem o entendimento de que, pelo estatuto do Vasco, basta maioria simples para aprovar a emenda da eleição direta, o Conselho de Beneméritos aprovou outra visão, a de que a eleição direta só passará se conseguir o chamado quórum qualificado de dois terços.
Roberto Monteiro votou pelo quórum simples
Para o torcedor entender melhor: se a visão do Presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro, prevalece (quórum simples) e no dia da reunião do CD 90 conselheiros comparecerem (número apenas exemplificativo), a emenda da eleição direta será aprovada se alcançar 46 votos (metade mais um dos votos dos conselheiros presentes).
Se prevalecer o entendimento aprovado hoje pelo Conselho de Beneméritos (quórum qualificado), no mesmo universo de 90 conselheiros a emenda da eleição direta precisaria de 60 votos para passar (dois terços).
Votaram a favor do quórum simples apenas Roberto Monteiro, Elói Ferreira e Edmilson Valentim, todos do grupo Identidade Vasco.
Embora não se tenha debatido o mérito da questão (se a emenda da eleição direta apresentada por Monteiro deve ou não ser aprovada) o fato é que a questão do quórum simples ou qualificado já mostra quem de fato está a favor ou contra a eleição direta.
Otto de Carvalho, por exemplo, que nas redes diz ser um defensor das diretas, votou pelo quórum qualificado de dois terços.
Como o Conselho de Beneméritos tem uma função, neste aspecto, apenas consultiva (suas decisões não são impositivas) ainda deve dar pano para manga esta questão de quórum simples ou qualificado para aprovar a eleição direta.
Fonte: Facebook do Rodrigo Campos