À morte de Titi
Quando chegará a hora
Doce entre todas
De morrer a Titi?
(Que se julga dona de mim
Como El Rey de suas alcavalas)
Será uma morte casta
Devota e calma
Ou haverá rugidos, lamentos e pragas?
Ouviremos o santíssimo repique de sinos
Ou o alarido de gritos, suspiros, gemidos?
Seremos brindados com as exéquias de um beato ermitão
Ou será um mendigo a carregar o caixão?
Virão penitentes e romeiros
Dos quatro cantos do mundo
Ou apenas à noite, violadores de túmulos?
Serão feitas orações em favor de sua alma
De Lisboa à Jerusalém
Ou pela megera, entre bilhões de seres,
Não chorará ninguém?
Por Wevergton Brito Lima