O Vasco venceu o Inter e tenho confiança de que vencerá o Ceará com – esperamos – São Januário lotado. Já repeti isso algumas vezes: só a torcida do Vasco pode salvar o Vasco. Mas, infelizmente, mesmo com a possível e necessária reação em campo, o Vasco vive um caos diário. Vamos a alguns exemplos recentes:
No dia 05/06 o Lance reporta que meninos das categorias sub-10 a sub-15 do Clube não puderam realizar seus treinamentos no campo do Artsul, que fica em Nova Iguaçu, cidade da Baixada Fluminense. “O motivo foi a falta de combustível nos ônibus que levariam as delegações para o local dos treinos. O dono do posto onde o clube costuma abastecer, se recusou a ‘encher o tanque’, devido à falta de pagamentos anteriores”, informa o site.
No dia 08/06 o novo preparador físico do Vasco, Antônio Mello, que chegou ao clube junto com Luxemburgo, revelou, a Rádio Brasil, que encontrou OITO jogadores acima do peso. Não, não estamos nos referindo ao brioso escrete do “Veteranos de Vila Valqueire”, estamos falando do Vasco. Tal fato, por si só já revela a dimensão da incompetência e amadorismo de quem dirige os destinos do Vasco.
No dia 11/06 de novo o Lance informa que o Vasco corre o risco de ser retirado do “Ato Trabalhista”, que permite parcelar as dívidas com a justiça do trabalho, por conta de uma ação no valor de R$ 7.962,50. “No despacho do juiz Marcelo José Duarte Raffaele, do TRT, há a informação de que o clube descumpriu, por duas vezes, o acordo com a ex-funcionária. Na decisão judicial, o magistrado determina oficiar a CAEX (Central de Apoio à Execução) em caso de não pagamento dos valores devidos, e o devido cancelamento da inscrição do clube no plano de centralização. E nesse caso, o Vasco perderia os prazos e benefícios do programa, sendo obrigado a saldar as suas dívidas em pouco tempo”, diz o texto da reportagem. Reparem, que tudo isso por uma dívida de menos de 8 mil reais…
Apesar de, em apenas um ano em meio, a gestão Campello ter recebido R$ 175 milhões extras, no dia 3 de junho o Conselho Deliberativo do Vasco aprovou a contratação de MAIS UM empréstimo emergencial de 10 milhões de reais para pagar duas folhas salariais atrasadas. No dia 11 de junho a diretoria anuncia que não conseguiu “levantar as garantias necessárias para o empréstimo”…
Também no dia 11, o Conselho Deliberativo não reúne o quórum mínimo para deliberar sobre MAIS UM empréstimo, desta vez de 20 milhões. Campello, que na reunião do dia 3 ligou para cada conselheiro pedido para barrar uma investigação contra seus atos à frente da Diretoria Administrativa, e de fato conseguiu gente suficiente para barrar, desta vez julgou que isso não seria necessário.
Neste dia 12 (quarta-feira) os funcionários do Vasco entram em greve.
Mas a culpa de tudo isso é do Identidade Vasco, do Roberto Monteiro, do Papa Francisco, do Guarda da esquina… Então tá.
Brincadeira de mau gosto
Um vascaíno comenta com outro que o Euriquinho está querendo o lugar do pai, ao que o segundo responde de primeira: “Ótima ideia! O jazigo é de família?”.
Dirigentes do Flamengo indiciados pelo incêndio no ninho do Urubu – Campello já pensa em nova homenagem
Informa o jornal O Globo em sua edição desta quarta-feira (12) que a Polícia Civil indiciou por crime com dolo eventual o ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello e mais sete pessoas pela morte de dez jovens no incêndio do Ninho do Urubu. Marcio Costa, advogado de uma das vítimas, o goleiro Cristian Esmério, de 15 anos, informou que a família aguardava apenas o resultado das investigações para anexar às provas que serão levadas à Justiça.
— A denúncia só veio a corroborar a atitude irresponsável do Flamengo ao colocar crianças em um local sem qualquer aprovação de órgão responsável — afirmou Costa, que cobrou a presença do atual presidente Rodolfo Landim entre os indiciados no inquérito.
Alexandre Campello, diante disto, já deve estar pensando em colocar o escudo do Flamengo de novo na camisa do Vasco. Desta vez, provavelmente, no lugar da cruz de malta. Sabe como é, para dar uma força.
Caju entra na canela do futebol “muderno”
Paulo Cézar Caju, melhor articulista de futebol a escrever na mídia hegemônica hoje em dia, em sua coluna de O Globo desta quarta-feira (12), descendo a lenha mais uma vez no futebol “muderno”:
“E o que o jogador treinado pelos Carilles, Felipões e Manos da vida aprenderão? A correr, desarmar, dar carrinhos, chutões e vibrar com a vitória de 1 a 0, gol de pênalti.”
Para amenizar esta matéria um tanto rabugenta, umas fotos do Arpoador no sábado, tiradas por este escriba, um dia depois de Vasco e Inter em São Januário. Uma vitória vascaína faz tudo ficar mais bonito.
Wevergton Brito Lima, jornalista