Sobre a última confusão no Vasco e a “dupla moral”

O estatuto do Vasco é de domínio público e lá está escrito, com todas as letras, no Artigo 45, parágrafo 3 – “Compete à presidência da Diretoria Administrativa licenciar os membros desta, e ao presidente do Conselho Deliberativo, ‘ad-referendum’ do mesmo conselho, licenciar o presidente da Diretoria Administrativa e os membros dos outros poderes convocando seus substitutos legais.(Grifo nosso)”. Mais claro do que isso, impossível.

Torcedores e sócios do Vasco reclamavam muito que Eurico Miranda se achava “acima do clube”, “desrespeitava o estatuto”. Se fosse Eurico Miranda que, no tempo em que era presidente, brigado com seu 1º vice-presidente, viajasse e nomeasse uma outra pessoa qualquer, ignorando o estatuto, o que aconteceria e o que se diria?

É motivo de espanto que agora parte destas mesmas pessoas, antes defensoras intransigentes do estatuto, não apoiem o presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro e o 1º Vice, Elói Ferreira, que só estão defendendo a legalidade vascaína, no que aliás não fazem mais do que a obrigação.

“Mas eu não gosto do Roberto Monteiro (ou do Elói, ou dos dois)!”, gritarão alguns, e tudo bem, gostar ou não gostar de alguém é direito de cada um, mas o que não é certo é admitir uma dupla moral, só defendendo a ética e a legalidade quando lhe é conveniente.

Ao contrário do que certos “influenciadores digitais” estão espalhando esta não é uma briga entre Identidade Vasco e Campello é uma briga do Campello contra a legalidade vascaína.

Chega a ser patético ler intervenções de novos adeptos do Campello, que antes o xingavam, e agora no poder buscam malabarismos para explicar o “batom na cueca” do presidente que mais uma vez atropela o estatuto do Vasco achando-se acima do bem e do mal.

Em primeiro lugar o Campello não deveria ter viajado para passear, com o Vasco em crise, sem patrocínio, precisando desesperadamente de reforços. Em segundo lugar, se vai viajar e se ausentar do país que respeitasse o estatuto do Vasco e passasse as funções da presidência para quem de direito. O resto é conversa de quem tem dupla moral, e a vida ensina que quem tem dupla moral não tem moral nenhuma.

Identidade Vasco – O Vasco é a nossa identidade

26 de junho de 2018

 

 

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